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Justiça determina compra de medicamentos e insumos após oncologia do HGP registrar até falta de seringas

Juiz também intimou o secretário de saúde e deu um prazo para regularização. Pelo menos 14 tipos de medicamentos estariam em falta no setor.

A Justiça determinou nesta semana que o governo do Tocantins regularize o fornecimento de medicamentos oncológicos na rede estadual de saúde. Apenas no Hospital Geral de Palmas (HGP) seriam 14 remédios em falta. O setor estaria enfrentando, inclusive, a falta de seringas.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) afirmou que ainda não foi notificada e que possui medicamentos similares que podem ser utilizados. (Veja nota completa no fim desta reportagem)

O pedido para regularização do estoque foi feito pelo Ministério Público do Tocantins e a Defensoria Pública Estadual. A decisão foi publicada na terça-feira (7). Conforme a ação, há desabastecimento no estoque dos seguintes medicamentos e insumos:

 

  • Bleomicina 15UI inj, Imatinibe 100mg e 400mg cp, Epirrubicina 10mg inj, Dietiletilestrol 1mg cp, Citaratina 1mg e 500mg inj, Paclitaxel 300mg inj, Vincritina 1mg, Clorambucila 2mg cp, Ciclofosfamida 1g inj, Simeticona cp, Morfina 30mg, Morfina 10mg, Lactulose xarope, além de Seringa (60mg); e Tretinoina.

 

O Estado deve informar a quantidade em estoque de cada medicamento e promover a imediata regularização dos que estiverem em falta, comprovando quais medidas foram tomadas para adquirir os remédios.

Também deverá informar a cotação de cada medicamento para que, se necessário, sirva de referência em caso de bloqueio de valores para cumprimento da ordem judicial.

O juiz Gil de Araújo Corrêa ainda intimou o secretário de saúde, Afonso Piva de Santana, para prestar esclarecimentos e comprovar a regularização do serviço até o próximo dia 13 de dezembro.

“A interrupção do tratamento oncológico é situação grave que pode colocar em risco a vida e a integridade física dos usuários”, afirmou o juiz na decisão.

 

O que diz a SES

 

A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) informou que ainda não foi notificada sobre a referida decisão, contudo, não tem medido esforços para garantir o abastecimento de todos os medicamentos oncológicos.

A SES-TO esclarece que a pandemia da Covid-19 ocasionou diversos entraves para manutenção dos estoques, desde processos licitatórios desertos, atrasos na entrega por parte dos fornecedores e até dificuldades para importação de determinados produtos.

A SES-TO detalhou ainda, que possui em estoque medicamentos similares que podem ser utilizados sem prejuízo para o tratamento dos pacientes. Além disso, a SES-TO já notificou os fornecedores com entregas pendentes, enfatizando que os mesmos poderão sofrer as sanções previstas na legislação.

Sobre os medicamentos citados a SES-TO esclarece que:

 

  • Bleomicina 15UI – medicamento não produzido no Brasil, aquisição via importadora.
  • Imatinibe de 100mg e de 400mg – medicamento fornecido diretamente pelo Ministério da Saúde (MS) e com aquisição também pelo Estado com atraso na entrega.
  • Epirrubicina 10mg – processo licitatório deserto, mas pode ser substituído sem prejuízos ao paciente pelo medicamento Epirrubicina de 50mg em estoque.
  • Morfina de 30mg - processo licitatório fracassado, mas pode ser substituído sem prejuízos ao paciente pela Morfina de 10mg e Morfina injetável em estoque.
  • Dietilestilbestrol 1mg, Clorambucila de 2mg e Tretinoina - processo licitatório deserto
  • Ciclofosfamida de 1000mg - aguardando entrega
  • Simeticona 40mg - é um medicamento do componente básico sendo de responsabilidade do município do paciente fornecer.
  • Lactulose 667mg/ml - medicamento do componente básico sendo de responsabilidade do município do paciente fornecer.
  • Seringa de 60ml - aguardando entrega do fornecedor
  • Citarabina de 1g, Citarabina de 500mg, Paclitaxel de 300mg e Vincristina 1mg estão com estoque abastecido.

 

Fonte: Por g1 Tocantins

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