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Denúncia do MP pede a prisão do ex-governador Carlesse, delegado e sete policiais civis por investigação clandestina e tráfico

nvestigação do Gaeco apurou que grupo forjou flagrante de tráfico de drogas para incriminar homem que divulgou vídeo sobre suposto episódio de traição da ex-primeira-dama.

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual (MP) ofereceu denúncia na Justiça contra o ex-governador do Tocantins, Mauro Carlesse, o delegado Ênio Walcacer Oliveira Filho e mais sete policiais civis pelos crimes de organização criminosa, abuso de autoridade e tráfico de drogas. Os denunciados são suspeitos de forjar uma investigação após vazamento de imagens de um suposto episódio de traição da ex-primeira-dama.

Conforme a denúncia, a qual o Jornal do Tocantins teve acesso, Carlesse estava à frente da organização criminosa que dava andamento em investigações, conduzidas pelo outros citados, conforme interesse do gestor. O Gaeco acusa o grupo ainda de forjar um flagrante de tráfico de drogas contra um homem que divulgou vídeos de um relacionamento extraconjugal da ex-primeira-dama, em abril de 2020.

O documento detalha que Carlesse usou a Polícia Civil para atender um assunto pessoal.

“Para atender a interesses de cunho exclusivamente pessoal, passou a movimentar todo o aparelhamento estatal para descobrir os responsáveis pela produção e divulgação do vídeo em redes sociais, em evidente ato de ‘investigação clandestina’”, diz trecho da denúncia.

O advogado de Carlesse disse que a equipe de defesa técnica não foi informada da denúncia. A defesa do delegado Ênio Walcacer disse que não teve acesso à denúncia, mas afirmou que delegado é apenas um trabalhador da Segurança Pública. (Leia as respostas na íntegra ao final da matéria).

Com essa apuração irregular, o delegado e agentes coagiram e inquiriram diversas pessoas ligadas à então primeira-dama.

“Todas essas diligências foram realizadas de forma clandestina, sem vinculação a qualquer procedimento formal previamente instaurado, resultando em manifestos atos de abuso de autoridade, consistentes em gravações ambientais sem autorização judicial, apreensões de aparelhos celulares sem ordem judicial, acesso a conteúdos privados sem autorização judicial e sem incidência de flagrante delito, dentre outros abusos”, destacam os promotores que assinam o documento.

A mando do delegado Ênio, dois dos policiais denunciados teriam usado diversas vezes caminhonetes que estavam à disposição do Governo do Estado para ir até Gurupi e colocar a droga na moto e na casa do homem que teria divulgado as imagens. O objetivo do grupo era prender o homem pelo crime de tráfico de drogas.

 

Fonte: Por g1 Tocantins

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